Assassin’s Creed Shadows, Polêmicas e o Incrível Vídeo Tokusatsu da Ubisoft Brasil

Capa colorida com Naoe e Yasuke em pose épica, estilo tokusatsu, com efeitos de ação e logo de Assassin's Creed Shadows ao fundo.

Saudações, comunidade incrível desse blog!  

Hoje a gente vai falar sobre Assassin’s Creed Shadows, o novo jogo da franquia que finalmente nos leva ao Japão feudal – um sonho antigo dos fãs! Mas o que realmente roubou a cena foi a campanha de marketing da Ubisoft Brasil, que criou um vídeo no estilo tokusatsu tão autêntico que viralizou no mundo inteiro.  

Desde seu anúncio, Shadows foi alvo de um dossiê de controvérsias entre análises técnicas, polêmicas sobre representatividade e uma campanha de marketing digna de Os Cavaleiros do Zodíaco.

O Vídeo que Encantou Fãs no Mundo Todo  

A Ubisoft Brasil não apenas anunciou um jogo — ela resgatou a memória afetiva de uma geração inteira. O vídeo em estilo tokusatsu (gênero que inclui clássicos como Jaspion e Changeman) não foi só uma referência, mas uma reconstrução meticulosa da estética dos anos 80/90:


O time da Ubisoft Brasil, incluindo Guilherme "Sarda" Galbes e Paulo "Tofu" Yamashiro, entendeu que marketing não é só traduzir – é adaptar com alma.

Efeitos práticos, luzes piscantes, cenários de espuma e até o chroma key propositalmente mal ajustado, imitando as limitações das produções da época.

Edu Falaschi (ex Angra) é o criador e cantor da música do vídeo "Strike as One" que mistura heavy metal com o j-pop de aberturas clássicas — e a versão japonesa, cantada por Taro Kobayashi (vocalista de Kamen Rider Amazons), é uma camada extra de autenticidade.

Thais Matsufugi e Zulu como protagonistas: A escolha da apresentadora nipo-brasileira e o lutador de MMA não foi aleatória, acertando em cheio na representação dos personagens.

Eles não fizeram um trailer, fizeram um presente para os fãs brasileiros (e para o mundo).

Não é atoa que o vídeo foi lançado em português, inglês e japonês, e rapidamente ultrapassou em views os conteúdos oficiais da Ubisoft global. Até sites internacionais como Polygon e Eurogamer repercutiram!  

As Polêmicas: Representatividade e Precisão Histórica

Claro, nem tudo foram flores. Algumas discussões surgiram desde o momento que o jogo foi apresentado, ajustes tiveram que ser feitos para não negligenciar a cultura exposta no game - até aí acho válido - mas o que parece que passou do limite da discussão saudável foi a grande "problemática" sobre:  

A inclusão de Yasuke – Alguns questionaram se um samurai negro faria sentido, mesmo existindo documentos oficiais e livros como "O Samurai Africano" que confirmam sua história real.

E me pergunto, e se não tivesse esses documentos? Qual o problema de um jogo que mistura ficção e historia imaginar e dar vida a esse personagem? 

Já vimos isso em obras como no mangá de 1999 do Afro Samurai que virou anime em 2007 e o anime do próprio Yasuke de 2021 da dona Netflix, então qual é o real problema desse personagem em um jogo?

A personagem Naoe – Houve comentários desnecessários sobre Thais Matsufugi, que interpretou a ninja no vídeo, basicamente ela sofreu transfobia mesmo sendo uma mulher cis. No geral, foram o gringos que tentaram estragar o vídeo que foi feito com maestria no Xuítter e a critica se virou para uma mulher, o que surpreende o total de zero pessoas pensantes.

E isso infelizmente não é exclusividade do Assassin’s Creed. Outros jogos recentes sofreram críticas do mesmo âmbito como no Monster Hunter Wilds com a Olivia, descrita como uma personagem com "armadura masculina" e também foi chamada de "lacradora" e no Split Fiction, onde simplesmente tem duas protagonistas mulheres, logo = "jogo feminista"....e vou parar por aqui para não citar outras coisas que esse povo vomitou pela internet a fora.

Mas no fim, todos esses jogos também provaram que: o que importa é a qualidade dessa representatividade. E se depender do sucesso comercial, todos esses citados acertaram em cheio.

O Jogo Por Trás das Polêmicas (Porque sim, ele é Excelente)

Infelizmente é difícil falar sobre Assassin’s Creed Shadows, sem falar das polemicas, deixando isso de lado, vamos ao que interessa: como Shadows é entregue ao player? 

Veja alguns dos pontos que comprovam a qualidade do game e que mais chamaram a atenção da comunidade de forma positiva:
  • O sistema de estações dinâmicas transforma completamente o mundo a cada trimestre. Lugares que eram rios no verão viram estradas de gelo no inverno, afetando desde o parkour até as missões disponíveis.

  • O combate finalmente aprendeu com Sekiro, trazendo um sistema de postura que exige timing perfeito - especialmente com Yasuke.

  • A história entrelaça os dois protagonistas de forma orgânica, mostrando o mesmo período histórico por perspectivas radicalmente diferentes.

  • E aqui está o pulo do gato: o Japão ADOROU. Críticos locais elogiaram justamente os elementos que alguns chamaram de "inverossímeis". Faz pensar, não?

  • Críticos japoneses elogiaram:
    A ambientação histórica fiel, a boa representação de Oda Nobunaga e a personagem Naoe foi considerada uma ótima protagonista. 
    E sobre Yasuke?
    Ninguém questionou sua existência histórica, a única crítica que esse personagem recebeu resumidamente foi que ele é "perfeito demais" (sem conflitos internos como Naoe).
Yasuke e Naoeem gameplay, vestidos com armaduras samurai durante a primavera, olhando o horizonte com a paisagem do Japão feudal.
Você pode conferir o que o repórter Kazuma Hashimoto escreveu em uma reportagem para a Polygon sobre a recepção do jogo no Japão (em inglês) ou entender mais no artigo do Drops de Jogos escrito por Rafael Silva.

O Achado no JusBR: Quando a Crítica Vira Crime

Fazendo a pesquisa para escrever esse post me deparei com algo que foi no mínimo intrigante, achei uma matéria no site JusBrasil (muito utilizado por advogados) sobre esse assunto que trouxe um ponto crucial sobre as polemicas: muitos desses ataques podem ultrapassar de mera opinião para crime racial, por isso, é citado a lei que caracteriza isso em nossas terras: Lei nº 7.716/89 (Lei dos Crimes Raciais)

O que achei interessante é como foi abordado todos os outros ângulos sobre o assunto que vai desde Calúnia, nos parâmetros do 187, do Código Penal caso as acusações não forem confirmadas, até o Código de Defesa ao Consumidor:

"No entretenimento, a prática de alterar ou incrementar o contexto histórico é chamada de adaptação e tem o propósito de deixar a enredo do livro, filme ou jogo mais dinâmico. O Assassins Creed não está fazendo nada diferente disso, portanto, devemos nos preocupar se o game irá contar uma história empolgante, e não fidedigna.

Por outro lado, se o jogo “pifar” ou estiver repleto de “bugs” ou por qualquer outra razão não cumpra a sua finalidade, os jogadores devem procurar seus direitos, com respaldo do Código de Defesa do Consumidor, que garante aos jogadores a possibilidade de reembolso e, a depender do caso, a receberem uma indenização pela frustração enfrentada." - Trecho retirado do artigo.

Mesmo sendo um artigo de 10 meses atrás, achei maravilhoso!
Ficou curioso? Dá uma olhada no artigo completo aqui

Conclusão: Um Marco 

O vídeo da Ubisoft Brasil mostrou como uma ideia criativa, bem executada e cheia de amor pela cultura pop que pode conquistar o mundo. E o jogo provou que, mesmo com polêmicas, uma boa narrativa e representatividade bem-feita, sempre ganham.

E aí? Vocês viram o vídeo? O que acharam? Conta aqui nos comentários!

Ah, e não esquece: "Strike as One" estará com suas versões disponíveis nas plataformas de streaming a partir do dia 9 de abril nas plataformas de streaming! 🎶🔥

Até o próximo post! ✨

Comentários

  1. Muito bom esse vídeo estilo Tokusatsu.
    Não sou uma grande fã da franquia, tendo só jogado o Black flag pq é de piratinha hehe. Mas essa temática e ambientação no Japão feudal do Shadows parece realmente incrível. Também achei muito daora ter o Yasuke

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    1. A franquia de Assassins já não me chama a atenção a uns belos anos, só com uma temática dessa e um marketing desse mesmo para fazer eu olhar de novo para ela. Também achei muito legal! ^^

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